Quando um suspeito for preso, amostras do DNA serão transformadas em dados e incluídas em um cadastro. Se a pessoa voltar a cometer um crime e deixar vestígios, bastará comparar com o material genético arquivado.
"A grande vantagem de se ter um banco de DNA com pessoas já previamente catalogadas nesse grande banco seria o fato de poder identificar essa pessoa sem ter um suspeito imediato ou apontado naquele momento", diz Carlos Alonso, do laboratório de genética.
O serviço de investigação de crianças desaparecidas da polícia paranaense já mantém um banco de dados com os criminosos mais procurados. Um dos nomes da lista é o de um ex-pastor. Ele tem mandado de prisão por violentar uma criança de 6 anos e é investigado por outros casos envolvendo meninas de 9 a 11 anos. A polícia suspeita que ele esteja escondido em São Paulo.
A polícia diz que os pedófilos agem de maneira parecida. É comum praticarem o mesmo crime mais de uma vez. Na maioria dos casos, são apanhados e presos. Mas, por bom comportamento na cadeia, recebem benefícios da Justiça e têm a pena reduzida. Aí, quando ganham as ruas, voltam a agir.
"Essa pessoa costuma ser uma pessoa muito inteligente, metódica, que procura estar em ambiente onde haja muitas crianças e sem que ele seja visto. De repente ele se aproxima de uma mulher para ser companheira dele que tenha filhas da idade da preferência dele. Ou então, profissões mesmo, como professor. Pode ser escoteiro, padre, pastor. Ele procura estar próximo a crianças", diz a delegada Ana Cláudia Batista.
Rodoviária
Um caso que chocou o país mobiliza até gente que não é da polícia na caça do assassino: uma empresa de segurança convocou os funcionários para examinar 480 horas de imagens de câmeras instaladas nas imediações da rodoviária de Curitiba. A menina Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta no último dia 5, dentro de uma mala no terminal de ônibus. Onze dias depois, a polícia avançou pouco na busca pelo criminoso. "O criminoso, provavelmente um sujeito astuto, inteligente, preparou o crime e buscou inclusive subterfúgios pra não deixar rastros. É realmente um grande desafio para a polícia", diz o secretário de segurança pública, Luiz Fernando Delazari.
Dois homens chegaram a ser presos, mas testes de DNA comprovaram que o sêmen encontrado no corpo da menina não é de nenhum deles. Um dos homens já era procurado por causa de outro crime e vai continuar preso.
A polícia encontrou com ele uma roupa de Papai Noel e fios de cabelos compridos que podem ser de uma vítima de pedofilia. Antes de ser preso de novo, ele voltou a atacar: é acusado de ter violentado um menino de 5 anos de idade.
"Foi no dia 7 de setembro, estava lotado de gente aqui na praia. Tinha um aniversário de uma pessoa na minha casa. Ele aproveitou uma oportunidade e, em um descuido que dei, pegou o menino e carregou para uma casa", relata a mãe da vítima.
Fonte: G1(globo) - http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL864275-5598,00-PARANA+CRIARA+BANCO+DE+DNA+DE+CRIMINOSOS+CONTRA+A+PEDOFILIA.html
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